janeiro 10, 2012

Ao Louco foi-lhe oficialmente comunicada Morte. Talvez por puro capricho ou teimosia. Ou quis-se manifestar e apelar de forma subentendida?
Talvez...

Na realidade e na Verdade ele já estava morto, tal era a dormência dos seus sentimentos. Prova disso e no que toca às suas descobertas cinematográficas, foi o aluguer, num Jornal qualquer, de um pequeno espaço na secção de cronologia.

Quanto à Música valeu-lhe o disfibrilador para descobertas escassas.

Da escrita e das restantes formas de expressão cultural é melhor nem se falar.

No que diz respeito ao mundano "vira o disco e toca o mesmo": comprou um carro de rico (se bem que essa compra se realizou pouco antes do estado oficial de coma, mas que se veio a provar ser uma tentativa frustrada de compensação emocio-anal), ao mesmo tempo que arrasta a cruz - 1 ano e meio depois de ter mandado o anterior para a sucata - de pagar 100 euros mensais de 2645 euros de rails protectores danificados pelo despiste...e isto já para nem falar dos 500 euros de multa associados ao acidente (pagos no momento) com sanção acessoria de inibição de conduzir, ainda por chegar, mas que será de 4 meses segundo a funcionária do Governo Civil do Porto(que lhe comunicou enquanto lhe guardava(con-sequência de uma outra "vicissitude"), num envelope, a sua carta de condução, que por lá irá ficar por um período - de 30 dias - durante o qual o Louco encontra-se actualmente privado da condução). Mas bem, Ganhou o estatuto de Tio, e para contrastar perdeu o estatuto de Namorado para o de Namorado Intermitente (porque o facebook "é quem mais ordena").

Mas vá lá...pelo menos mantém o seu emprego com Jovens Infractores que, reavivam o delinquente, o marginal de comportamentos desviantes e que tão bem se coadunam com a caracterização de um Louco manipulador que persiste ao se mover através de actos promiscuos e irresponsáveis causados pelo transgressor tristemente apelativo que nele habita.

Helder Aires

2 comentários:

mariana disse...

Não entendo a data de 10 de Janeiro, quando isto só foi publicado ontem, assim como foi só ontem que se solidificou o "estatuto perdido".
Mas não podemos perder o que nunca foi nosso, e esse estatuto nunca foi reclamado (senda a via facebook o veículo primário actualmente, sejamos francos).

Quando no "novo mundo" os colonos conquistavam as terras livres, usavam uma bandeira para marcar uma terra como sendo sua. Uma terra sem bandeira era considerada uma terra livre que poderia ser conquistada por outros colonos recém-chegados. Se podemos dizer que a bandeira "é quem mais ordena"? - Podemos, pois apesar de ser "apenas" uma bandeira é um sinal comunicativo de algo mais.
Assim como um "sim, aceito"
nunca é apenas um "sim, aceito", uma aliança nunca é apenas uma aliança, uma foto nunca é apenas uma foto, e uma palavra nunca é apenas uma palavra.

De qualquer modo, independentemente de que lado mora razão, a ausência de esforço para compreender a perspectiva do outro e prevalência do orgulho é, por si só, denotativa da fraqueza da raiz do sentimento de base.

Eu quero ter sempre uma bandeira, e neste momento é branca. ♥

Amén.

mariana disse...

Fazendo uma retrospectiva ao meu histórico no livro das caras, já percebi a razão deste post ter sido escrito a 10 de Janeiro (embora só publicado ontem): apesar de ter sido ontem que se "solidificou" a pseudo-perda de estatuto, já desde o dia 26 de Dezembro que levantei a bandeira branca.

Assim, poupo-te a resposta ao meu comentário. ;)