agosto 30, 2014

Que me perdoem -ou entendam- os vários amigos que tenho e participam profissionalmente neste evento, é até de louvar a dinâmica económica que vieram trazer para a freguesia de Azurara e adjacentes, mas estando eu habituado desde muito criança a observar e sentir a fragilidade desta área protegida não consigo ficar indiferente e muito menos conformado. Como tal, de forma legitima questiono-me. Não haverá outra forma de manter esta ideia comercial e cultural com a salvaguarda de aquilo que é efectivamente mais importante? Vale tudo acima dos interesses económicos? E o que tem a Srª presidente Elisa Ferraz a dizer após recentemente ter usado como propaganda do seu mandato a construção de passadiços ao longo de toda a Reserva? Eu respondo-lhe, uma medida no mínimo demagógica, pois com este evento nos moldes actuais mostra ser contraproducente, mesmo para o maior leigo. Todos nós sabemos e como diz povo "por leite derramado não vale apena chorar", porém e através de tomadas de posição conscientes podemos (Plural) evitar que nas edições futuras mais seja "derramado". Enfim muito poderia ser dito mas neste texto a emoção é factor dominante e diz a sensatez que não nos devemos prolongar nesta condição. Assim, eu já só peço que as regras sejam aplicadas por quem de direito e que ouçam e respeitem mais quem vive e sente 365dias por ano este frágil ecossistema de milhares de anos que pode ser destruído em 48 horas de egoísmo humano.

 Reserva Ornitológica de Mindelo:

 "A maior beach party da europa decorre em plena area protegida. Em plena epoca de migracao das aves. Junta qq coisa como 50 mil pessoas no local mais sensivel (dunas junto foz ave). Foi aprovada pelos orgaos da area protegida conforme previsto em regulamento? Foram defenidas medidas de mitigacao e compensacao dos impactos?"

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